Quinta edição da mostra Live Cinema começa no Oi Futuro Ipanema
quinta-feira, 6 de setembro de 2012Com telas em movimento e os mais inusitados roteiros e trilhas-sonoras, começa nesta quinta, no Oi Futuro Ipanema, às 20h, com uma apresentação da dupla VJSuave, a mostra Live Cinema. Como indica o nome, não se trata de uma sessão comum. Na quinta edição do evento, vão se apresentar, até domingo, 13 artistas visuais que celebram, de forma performática, a união entre imagens, sons e efeitos especiais, sob as bençãos da tecnologia. Pipoca, só sonhando.
Nascida como um evento paralelo do Festival do Rio, em 2007, a mostra aumentou em um número as atrações, em relação ao ano passado, mas deixou de fora os artistas estrangeiros, que marcaram suas outras edições. Em comum entre os selecionados para sua versão 2012, a tendência para levar os trabalhos para além da sala de projeção, como explica o curador da mostra Luiz Duva, um dos seus idealizadores, ao lado de Márcia Derraik.
– Nas duas últimas edições, já sentíamos que havia essa tendência, de sair do espaço expositivo, da esfera do cinema, e exteriorizar os trabalhos, mas só agora conseguimos um volume suficiente de artistas dispostos a concretizar isso – diz ele. – Mais do que nunca, teremos demonstrações de arte em ação, já que não faz mais sentido para esses artistas ter o público sentado, assistindo a tudo de forma passiva.
Um bom exemplo dessa tendência é o trabalho dos paulistanos Ygor Marotta e Ceci Soloaga, no papel de VJ Suave. Na performance suaveciclo, que vai marcar a estreia do evento, eles vão circular pela área em torno do evento, montados num triciclo, com um projetor e um computador acoplados, exibindo abstratas imagens de doces figuras (bonecos, animais) acompanhadas por mensagens de amor, no que chamam de “grafite digital”.
– Esse projeto é bem recente, começamos a trabalhar nele há três meses, quando iniciamos a montagem do triciclo – explica Marotta. – É uma espécie de poesia animada, na qual escrevemos essas mensagens de amor, enquanto circulamos pela região, numa peformance que dura cerca de três horas, o tempo de duração da bateria que segura tudo. É a versão paulista do Profeta Gentileza.
Outro destaque da mostra é a performance Ré, feita pelo músico e produtor Matheus Leston. Integrante da cultuada Patife Band, ícone do som underground da cidade de São Paulo nos anos 1980, ele vai se apresentar tocando guitarra, baixo e teclado, acompanhado por uma base eletrônica e duas telas, nas quais vão ser exibidas imagens de músicos como Rômulo Fróes e Arrigo Barnabé, cantando trechos da composição.
– Na verdade, são seis pequenas músicas dentro de uma maior, num formato que pode ser modificado ao longo da performance, tirando ou acrescentando partes – conta Leston. – Como não é um projeto fechado, a ideia é que pareça uma música que não acaba nunca.
Fonte: Portal Yahoo